Hagshama Dez
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Qual a sua causa??
sexta-feira, 18 de março de 2011
http://www.youtube.com/watch?v=NMn_1rQ3sms&feature=player_embedded
Galera, por favor, sério, dêem uma olhada nesse vídeo, é longo, sim 10 minutos é muito pra quem quer mudar o mundo, mas por favor olhem, o cara fala varias paradas que a gente concorda, de uma maneira bem exposta e nada de novo.
Depois de ver o vídeo lêem o que eu refleti a respeito e reflitam comigo e comentem:
“A necessidade é abstrata e não material”, vivemos e competimos pra conseguir os nossos bens materiais que nunca nos satisfazem, sempre queremos algo novo, todo mundo quer um pouquinho mais de dinheiro pra comprar aquela coisinha ali, sociedade de valores invertidos.
Publicidade atividade criminosa. Induz-nos a o que queremos e quem queremos ser, e a propaganda foi feita pra trazer lucro, o que prova que somos marionetes de publicitários capitalistas que querem nos moldar pra consumir.
5A, ar, água, agasalho,alimento e abrigo, as necessidades fundamentais.
Ser militar é fácil, desde que você abra mão da sua consciência, genial! O exercito foi feito pra proteger o país, justo, o método, a guerra, os fins explicam os meios? Não. Armas, ferramentas que servem para tirar vidas e criar o medo, boa ferramenta essa do exercito não acham? Mas como dizia Julio Cesar: “Quer a paz, prepare a guerra”, claro, ai os outros terão medo de você, você quer uma paz instável, que depende do medo do outro e não da compreensão e do respeito. Mas os árabes querem nos matar!! E o exercito quer fazer com que você queira matar os árabes, não faz sentido mesmo essa história de exercito...
“Não quero que a minha vida seja usada pra manutenção desse estado”. Brilhante. Eu também não, por isso que eu to mais disposto a sair desse sistema e tentar mudar ele de fora, ou resgatar pessoas dentro dele, a ter que viver dentro dele e tentar mudar ele por dentro, ter os meus filhos e amigos como membros desse sistema, que pensem como esse sistema, vamos dar no pé!
Não sei o que eu vou fazer, mas sei o que eu não vou fazer, genial. Antes de pensar em fazer mil coisas pra mudar o mundo, vamos começar deixando de fazer mil coisas, pra assim mudar o mundo, é o primeiro passo, fazer é difícil, mas deixar é um pouco mais fácil. Vamos deixar de comer tanta carne, vamos deixar de usar tanto o carro, vamos deixar de usar sacolas plásticas,vamos deixar de consumir tanto, vamos deixar defazer mil coisas.
Que vencedor que nada, não to aqui pra competir, quem disse que a vida é uma competição. Economia solidaria gente, trocar a competição pela cooperação, ao invés de progredir pra competir com o rival e vencê-lo pra conquistar o mercado, cooperar pra gerar mais conforto e qualidade de vida pra pessoas que como você trabalham para esse mesmo fim, sem derrotar ninguém, atropelá-lo e deixá-lo falido sem opção.
Diferença ideológica com os pais também me deixa muito, muito a fim de me deixar independente dos meus pais.
O que a sociedade me ofereceu não me satisfaz, ótimo, não satisfez a vocês também?
Benefícios materiais que custam prejuízos morais. Com esse titulo eu escreveria uma bíblia, porra, a humanidade caminha sobre isso. Pra ter, as pessoas estão dispostas a tudo, matar, roubar, corromper, poluir, destruir, empobrecer os outros...
Privilégios da minoriazinha, zinha, custam direitos básicos pra maioria. Claro, os países de 1º mundo, os nórdicos por exemplo, capitalismo excelente, sem pobreza, educação, saúde segurança, depende de uma áfrica miserável, e uma china e índia super populosas miseráveis, pra produzir o que a elite precisa a um bom preço, e pra elite ter quem explorar pra poder comprar o que precisam.
Por ultimo, o cara, passou por um período, meio, Hippie, vamos dizer, meio sozinho fora da sociedade. Convenhamos, o cara tem boas idéias e não é um idiota, ele sobreviveu sozinho sem fazer nada além de sobreviver, ai é que eu discordo dele. A humanidade teve avanços geniais, chegou a um patamar genial, de conforto e qualidade de vida, e isso não deve ser negado, vamos viver como índios, não, temos acesso a informação, queremos ela, queremos respostas, queremos viver mais, precisamos de saúde, podemos nos comunicar melhor, podemos nos ver, visitar, voar, diversas necessidades humanas reais e qualidade de vida foi atingida graças a esse desenvolvimento, então, não devemos abandoná-lo junto com a sociedade, devemos sim eleger o que deve ser usado ou não, a sociedade chegou em um ponto que devemos negar alguns avanços. Exemplo: criamos um veiculo, motor 3.0, vai de 0 a 100km/h em 6 segundo, mas não serve, porque com um carro 1.0 com a mesma quantidade de combustível eu rodo 3 vezes mais quilômetros, um exemplo de desenvolvimento negável.
Além disso, o que adianta o cara sair da sociedade e sobreviver fora dela, temos que viver, e mais, salvar quem ainda está dentro dela, ou pelo menos sugerir uma outra opção pra quem está perdido dentro dessa única que nos cerca agora. Por isso, vamos construir uma sociedade alternativa!
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A plantadora de agrovilas
Essa é uma reportagem que saiu na Época essa semana. Eu li, achei muuuito foda e queria dividir com vocês!
Achei interessante postar essa reportagem no blog porque acredito que isso pode ter muito a ver com a nossa busca pela hagshamá e a nossa constante formação de ideias sobre qual é a nossa.
Pra mim, o texto serve como um exemplo de como a realizacao dos nossos objetivos pode nao estar tao distante ou tao inalcancavel assim como as vezes parece pra gente...
Essa reportagem mostra como uma simples iniciativa de uma mulher pode gerar um projeto inteiro como esse, como é sim possivel a gente conciliar os nossos objetivos pessoais (seja no mercado de trabalho, seja na vida familiar) com a nossa hagshama shomrica, e, principalmente, como existe um mundo inteiro pra ser mudado "lá fora", ao nosso alcance, só esperando a gente QUERER.
LEIAM E SE INSPIREM !!! =)
A plantadora de agrovilas
TRANSFORMAÇÃO
Alcione e as crianças da agrovila construida na Serra do Catimbau, acima. Abaixo, Silva e Helena na sala da casa em que vivem com os filhos. "Agora eu tenho fogão e geladeira", diz ela.
Em 2004, a empresária paulista Alcione de Albanesi passava pela Serra do Catimbau, em Pernambuco, quando deu de cara com uma fazenda com 548 hectares de terras improdutivas. Ao explorar a propriedade, Alcione bateu à porta da primeira casa que viu e perguntou pelo dono do terreno. Ao ouvir que as terras não estavam à venda, insistiu. “Eu queria construir uma cidade naquele terreno”, diz ela. O projeto, nascido de uma inspiração súbita, deu certo.
Atualmente, 600 pessoas vivem na nova “cidade” – uma agrovila que produz 100 toneladas de caju por ano. A usina de beneficiamento da castanha, inaugurada em novembro do ano passado, mudou ainda mais a vida dos moradores da região do Catimbau, oferecendo emprego e renda.
Essa mudança é resultado do projeto Amigos do Bem, que, desde 2004, tem construído agrovilas com infraestrutura de cidades em Pernambuco, no Ceará e em Alagoas. Já são quatro “cidades do bem” equipadas com centro educacional, mercearia, centro médico, farmácia e área de lazer. Nelas vivem 3.410 pessoas, cerca de 300 delas com carteira de trabalho assinada. “Nossas agrovilas ainda não são autossuficientes em termos econômicos, mas caminham para isso”, diz Alcione. Em 2007, os Amigos do Bem venceram a primeira edição do Projeto Generosidade, da Editora Globo, e receberam R$ 100 mil. O dinheiro foi investido na construção de um centro odontológico.
O projeto Amigos do Bem começou em 1993, quando Alcione levou pela primeira vez um grupo de empresários para doar cestas básicas a famílias pobres do sertão nordestino. Dez anos depois, a distribuição passou a ser mensal. Mas, para ela, ainda não bastava. Para transformar – palavra que Alcione gosta de repetir –, era preciso mais. Nasceu então o projeto de agrovilas que dura até hoje. Ele é sustentado por uma instituição com sede em São Paulo que capta doações de empresários e administra a parte empresarial do empreendimento. O prestígio de Alcione como empresária ajuda nas arrecadações. “Em julho do ano passado, em 48 horas eu consegui duas carretas com roupas de frio.” A organização distribui alimentos e roupas todo mês a 9.600 famílias. Alcione passa de dez a 15 dias por mês no Nordeste monitorando os trabalhos da instituição.
Aos poucos, em consequência dessa atividade, a vida na Serra do Catimbau vai mudando. A casa de taipa em que José Pereira da Silva e Helena Tavares da Silva viviam com os 12 filhos era pequena. O fogão, uma improvisada pilha de tijolos com lenha. Sem emprego, Silva sustentava a família “criando uns bichos para vender”. Os filhos menores não iam à escola. Os maiores, quando iam, tinham de caminhar seis horas para ir e voltar. A vida no Breu, um povoado na região do Catimbau, ainda é assim – a família de Silva, porém, não vive mais lá. Mora na agrovila do Vale do Catimbó, numa casa bem mais espaçosa. “Cada um tem sua cama”, diz Silva, de 40 anos. Com carteira assinada, ele recebe um salário mínimo por mês para trabalhar na plantação de caju. Todos os filhos vão à escola de ônibus, em dez minutos. Enquanto o marido conta a história, a mulher, Helena, sorri. “Aqui a gente mudou nossa vida”, diz ela. “Muita coisa que eu não tinha antes, aqui eu posso ter.”
Nas quatro agrovilas construídas pelos Amigos do Bem, as famílias vivem em casas de alvenaria mobiliadas e cada uma delas tem pelo menos uma pessoa contratada com carteira assinada para trabalhar na lavoura. Em contrapartida, as famílias têm de mandar os filhos para a escola e se comprometem a ficar longe do álcool e das drogas. Isaías Bezerra da Silva está na fila para um emprego na fazenda. Enquanto isso, vive fora da vila, na zona rural. Depende das doações mensais dos Amigos do Bem para criar, sozinho, três filhas de 15, 14 e 8 anos. “A mulher foi embora com outro cabra”, diz. Enquanto as meninas se dividem entre as tarefas domésticas e a escola, Bezerra faz bicos. Conta que precisou de meses para guardar dinheiro suficiente para comprar a casa de taipa em que vive com as filhas. O valor: R$ 600.
Alcione, a presidente dos Amigos do Bem, leva todos os anos um grupo de empresários para participar da distribuição de cestas básicas no sertão. É sua forma de colocá-los em contato direto com a realidade que estão ajudando a mudar. No mês passado, um grupo que saiu de São Paulo ficou impressionado com a pobreza da casa de Isaías. O anfitrião não entendia por que tiravam tantas fotos da palha que faz as vezes do colchão e das pedras usadas como fogão. Mas não se incomodou. “Podem ir entrando. É pequeno, mas a gente dá um jeito”, disse. Essa é uma vida que os Amigos do Bem podem transformar.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Capitalismo X Socialismo X ...?
O capitalismo, sistema vigente hoje em dia, foi teorizado ao redor do utilitarismo, doutrina de pensamento que busca "a maior felicidade para o maior número de pessoas possível", ou seja, o máximo bem estar que se possa atingir numa sociedade, para todos os cidadãos, envolvendo diversos meios.
Adam Smith, um dos principais teóricos do liberalismo-econômico e, por conseguinte, também do capitalismo, defendia a ideia de que não havendo interferência alguma na economia, a livre-concorrência naturalmente levaria a que cada um tentasse vender o melhor produto que pudesse oferecer, para vender mais. Dessa maneira, o interesse de um comerciante em seu próprio bem faria com que ele se esforçasse para aprimorar ao máximo o seu produto e, assim, a sociedade seria guiada pelo que Smith chamou de "mão invisível" rumo ao mencionado bem-estar geral.
Alguns tropeços aqui, outros ali, e desde essas teorias, do século XVIII, podemos ver que as coisas não funcionaram bem como se havia imaginado. A livre concorrência deu origem a carteis e monopólios, "tubarões" que tiraram as oportunidades de todos os "peixinhos"; as empresas não buscam vender o melhor produto que podem fabricar, senão um que estrague rápido para que o consumidor compre um novo; etc.
Além disso, um fator de extrema relevância é que o próprio trabalho humano passou a ser um produto a ser vendido no mercado e, isso ocorrendo na época da criação e difusão das máquinas, levou a que houvesse muita "oferta" de trabalhadores para pouca demanda. O próprio sistema permitiu que se denegrissem drásticamente as condições de vida desses operários, que foram forçados a vender seu trabalho por muito pouco e em condições terríveis.
E, evidentemente, em vez de se atingir o bem-estar do maior número de pessoas, vemos que apenas uma restrita minoria usufrui dos benefícios desse sistema, às custas da grande maioria.
O capitalismo, então, sob essa perspectiva, falhou.
Alguns perceberam as falhas e injustiças do sistema e, no século XIX, teorizou-se o socialismo em oposição ao capitalismo.
(O próprio nome ja diz: ao contrário do capitalismo, sistema com foco no capital, temos dessa vez o socialismo, sistema com foco no social.)
No entanto, onde no século XX se instalaram regimes socialistas como URSS, Cuba, Coreia do Norte, o sistema acabou radicalizado e com isso tornou-se muito paradoxal: apesar de buscar melhorias para a sociedade, tornou-se em si uma ameaça para ela, com a censura de posturas opostas ao sistema e a morte de milhões de pessoas. Esses regimes são hoje conhecidos como "socialismo real", em oposição ao "socialismo ideal" - o segundo nunca atingido e o primeiro com conotação pejorativa.
Além disso, desde que foi teorizado o sistema, inventaram-se inúmeras novidades que alterariam seu funcionamento descrito originalmente - computadores, internet, novas tecnologias em geral. Essas inovações tanto alteram o modo de produção como também a forma de pensar dos humanos - com um acesso quase ilimitado à informação, a tendência é criarem-se profissões cada vez mais especializadas e personalizadas, em oposição ao que sugeriria o socialismo de que todos façam um pouco de cada coisa (o que o Gaëtan chamaria de "rotatividade de funções").
Entre furos na teoria e erros históricos, se não se pode dizer que o socialismo "falhou", seguramente se pode dizer que perdeu credibilidade, força e potencial.
Temos então uma corda onde há, em uma ponta, o capitalismo e, na outra, o socialismo. A humanidade já experimentou a ambas e segue desigual e infeliz. Não existem outras cordas?
Não chegou o momento de criar uma terceira ideia?
Noa